A Praça da Alfândega, antiga Praça Senador Florêncio, é um espaço público, histórico e turístico de Porto Alegre. Situada no Centro Histórico da cidade, a praça é cercada por importantes edificações, algumas delas igualmente históricas e antigas, tais como o Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (MARGS), o Memorial do Rio Grande do Sul, Farol Santander e o Clube do Comércio de Porto Alegre.
As origens da Praça da Alfândega remontam ao final do século XVIII, quando na área em que está situada hoje ficava o antigo porto fluvial da cidade. Em 1783, os vereadores de Porto Alegre determinaram que se construísse um cais de pedra junto ao Lago Guaíba para facilitar o desembarque de passageiros e mercadorias. Em 1804, o então Governador da Província de S. Pedro, Paulo da Gama, ordenou que se ampliasse o ancoradouro com a construção de um trapiche, junto à primeira Alfândega da cidade.
Em 1866, iniciou-se a arborização da Praça da Alfândega pela Companhia Hidráulica Porto-Alegrense. A Companhia instalou também no local um dos primeiros chafarizes da cidade, conhecido como Chafariz da Imperatriz, que foi inaugurado por D. Pedro II em outubro de 1865. Em 1883, o nome foi alterado para Praça Senador Florêncio, em homenagem a Florêncio Carlos de Abreu e Silva.
Coração da cidade, a Praça da Alfândega é sede da Feira do Livro de Porto Alegre desde 1955, atraindo milhares de visitantes não só pela vasta oferta de livros, como também pelos espetáculos de música, teatro e dança.
Em 1979, uma lei aprovada pela Câmara Municipal unificou as Praças Senador Florêncio e Praça Barão do Rio Branco, incorporado o leito da Rua Sete de Setembro, transformando esta área em um grande calçadão (intervenção característica da década de 1970). Foi denominada Praça da Alfândega a área compreendida entre a Rua dos Andradas, Capitão Montanha, Siqueira Campos e Cassiano do Nascimento. No final dos anos 2000, o Projeto Monumenta inicia uma grande reforma, capitaneada por Briane Bicca, homenageada do 21º CBA. O espaço readquiriu características que possuía no início do século XX, inspirado no desenho urbanístico e arquitetônico das décadas de 1930 e 1940. O trabalho resgatou, não apenas a história do local, mas também aspectos que explicam muito da transformação pela qual passou Porto Alegre com a chegada dos imigrantes italianos e alemães.
No 21º CBA, a Praça da Alfândega receberá a Feira da Arquitetura, centro sócio-cultural do Congresso, contando com atrações artísticas, exposição de projetos, estandes de fornecedores e parceiros, e palestras abertas à comunidade, além de secretaria e credenciamento do evento.