Por Clarissa Pont
Foto Cintia Rodrigues
Se´rgio Magalha~es, presidente do 27° Congresso da UIA 2020, apresentou a estrutura e as temáticas do encontro junto a Nivaldo de Andrade Júnior, presidente da Direção Nacional do IAB, no final da tarde deste sábado, 12, como forma de encerramento do 21o Congresso Brasileiro de Arquitetos. O encontro internacional terá sede no Rio de Janeiro em julho de 2020 com o tema “Todos os Mundos. Um so´ Mundo. Arquitetura 21”.
Magalhães disse apostar no apoio mútuo e nas soluções complexas que são criadas pela diversidade de atores envolvidos em pensar as cidades. “Nos próximos 20 anos teremos um país a reconstruir. Temos que recuperar essa existência, recuperar as cidades. Precisamos integrar ao invés de isolar, ao invés de segregar. E esse é um trabalho dos arquitetos e urbanistas e das arquitetas e urbanistas, mas também dos demais profissões que tem responsabilidade sobre o espaço e com a população brasileira. É com ela que devemos construir um novo esforço de união para enfrentarmos os enormes desafios que são tema de esperança para todos nós. É por isso que nos dedicamos, o IAB, o CAU e as demais entidades, a promover um Congresso Mundial no Brasil”, explicou. Estão listados mais de 140 palestrantes para o evento até o momento.
Nivaldo de Andrade apresentou os eixos principais dos debates que terão a cidade do Rio de Janeiro como palco e os participantes do Comitê de Horna, além dos locais da cidade que serão sede do evento. Três importantes legados do encontro merecem destaque: a troca experiências; a promoção de transformações urbanas para melhorar as cidades; e a construção de uma agenda propositiva a partir de uma reflexão ampla e democrática.
Para Andrade, “a maioria dos encontros internacionais de arquitetura tende a mostrar um mundo colorido, longe da realidade. Queremos mostrar no Rio de Janeiro o presente desigual de um país eminentemente urbano, mas com fortes desigualdades sociais e econômicas. Como é o caso de Brasil, de grande parte da América Latina, boa parte da Ásia, da África. Ou seja, uma parte do mundo passa por problemas semelhantes aos nossos e nós temos que lidar com tais desigualdades e fragilidades”, ponderou,
O Congresso Mundial de Arquitetos deve ter início já nos primeiros segundos de 2020, com o Réveillon da Praia de Copacabana que levará a marca do encontro. Atividades preparatórias, com foco nos quatro eixos temáticos do evento (Diversidade e Mistura; Fragilidades e Desigualdades; Mudanças e Emergências; Transitoriedade e Fluxos) seguirão por todo o país até junho. Estão programados mais de 80 eventos, entre exposições e debates. A abertura do UIA2020RIO será no Maracanãzinho, no dia 19 de julho. Antes, a cidade do Rio de Janeiro receberá ainda o Fórum Mundial de Cidades, que reunirá prefeitos e lideranças das 28 cidades que sediaram o Congresso Mundial de Arquitetos. O evento também tem como missão destacar a obra de arquitetos brasileiros de renome internacional e que estão presentes em diversos pontos do Rio, como Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx.
Por conta disso, o Rio de Janeiro foi nomeado Capital Mundial da Arquitetura, o título foi entregue em Paris, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). É a primeira vez que uma cidade recebe essa denominação – criada no ano passado em parceria entre a Unesco e a União Internacional dos Arquitetos (UIA). Em 2012, a Unesco já tinha concedido ao Rio o título de patrimônio cultural mundial na categoria paisagem urbana.